Os posts sucedem-se por aqui a proclamar a beleza do futebol-espetáculo, isto é, jogado nos limites e de modo a permitir a exibição da qualidade técnico-tática dos protagonistas. Esta noite, tal aconteceu pela enésima vez na segunda mão da meia-final da Liga dos Campeões disputada em Anfield Road entre o Liverpool e o Barcelona, depois dos catalães terem derrotado os britânicos por 3-0 em Nou Cap.
A vitória por 4-0 dos pupilos de Jürgen Klopp, cada vez mais encarado como o grande treinador do momento, foi a todos os títulos espantosa – em especial, pela explanação no terreno da equipa e pelo seu irredutível querer (méritos de Klopp, que ademais teve de se confrontar com as ausências de Salah e Firmino), pela classe imensa de Alisson Becker na defesa da sua baliza e pelas circunstâncias que fizeram de dois habituais suplentes, o holandês Georginio Wijnaldum (este entrado ao intervalo) e o belga Divock Origi, os heróis em última instância da qualificação do Liverpool para a final de Madrid (sem menosprezo para o sentido de oportunidade de Alexander-Arnold na rápida execução do pontapé de canto que apanharia indesculpavelmente distraídos os jogadores do Barça e permitiria a concretização do quarto golo).
Dito tudo isto, pouco mais haverá a registar de verdadeiramente essencial que não sejam a ficha do jogo (para memória futura e numa estruturação elaborada a partir dos alinhamentos presentes no final da partida), uma síntese das reações mais salientes vindas de comentadores e atores, a junção de algumas imagens fortes de mais um dia histórico do desporto-rei (incluindo a da incredibilidade de Messi perante o apagão coletivo dos seus e dele próprio) e capas hispano-britânicas do day after referenciando contrastadamente o “fracasso” e o “milagre” em simultâneo ocorridos. Como não acompanhar aquele já inconfundível we love this game em que tanto insiste o especialista Luís Freitas Lobo?
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