quarta-feira, 15 de maio de 2019

DORIS DAY


A morte de Doris Day, aos 97 anos, conduziu-me a uma quase inconsciente viagem aos longínquos tempos da infância. Quer às imagens que a minha mãe dela guardava ufanamente, quer às conversas sobre o filme da noite anterior na mesa de família, quer às tardes de domingo na televisão, quer às sessões de antestreia no Trindade, e por aí fora. Assim como, também, àquelas votações que eu organizava com irmãos e vizinhos sobre quase tudo, incluindo naturalmente os melhores atores e atrizes do momento – com Doris Day na fila da frente, em óbvia companhia dos seus contracenantes mais famosos (Rock Hudson, Clark Gable, Cary Grant, James Stewart ou Kirk Douglas, para só citar alguns). Mas afinal quem é que, tendo passado pelos anos 50 ou 60, não reteve para sempre aquele excerto de “O Homem Que Sabia Demais”, dirigido por Hitchcock, em que ela canta ao piano, com o devido sotaque, um inigualável “Que Sera Sera” (“Whatever Will Be, Will Be”)?

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