quarta-feira, 1 de maio de 2019

ESTE FERIADO

(Bernardo Erlich, http://www.clarin.com)

Felizmente que ainda não fui apanhado nem me deixei apanhar pelo dilema que Erlich acima destaca. Por isso, e embora tendo acordado um pouco mais tarde do que o habitual, não voltei à cama decidido a tentar fazer deste feriado de Dia do Trabalhador uma boa “jornada de luta” em favor da vida. Terminarei a dita no velho Coliseu a ouvir o regresso à sala do seu contemporâneo Bob Dylan – curioso que este tenha nascido no mesmo ano em que aquele foi inaugurado! – num dos concertos previsivelmente mais intimistas do seu Never Ending Tour.

Acrescento a este post duas reflexões que, graças a Deus ou a quem superintende isto tudo, também ainda não estou a ponto de internalizar em toda a sua plenitude, mas que compreendo bem pela força do protesto que delas emana contra um entorno que irremediavelmente sempre se torna mais desajustado e insuportável à medida que os anos correm. Sendo que ficar no passado – mesmo que apenas valorizando as recordações e não procurando ainda confundi-lo com uma qualquer hipótese de presente – é, obviamente, a pior das soluções...


(Andrés Rábago García, “El Roto”, http://elpais.com)

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