quinta-feira, 16 de maio de 2019

VER COM OLHOS DE VER


Dos jornais destes dias escolho respigar uma meia dúzia de títulos que são outras tantas ilustrações e chamadas de atenção – se pela positiva ou pela negativa será, também, uma questão de perspetiva e foco – para o que foi, vai e irá pontuando a nossa vida coletiva. Implícitas ficam evidências, responsabilidades e alertas, obviamente legíveis em variáveis geometrias temporais e relacionais, mas fica sobretudo a necessidade premente de não nos deixarmos apanhar nas folhas do chá quotidiano, ou seja, de procurarmos compreender e agir para além das dimensões enganosas de navegações feitas ao sabor de conjunturas mais ou menos miríficas ou mais ou menos terríficas. Seja nas questões do posicionamento em relação ao projeto europeu, do duvidoso papel sustentador do turismo, da importância decisiva da gestão empresarial na dinâmica da produtividade, da contrição por privatizações indevidas, do excedente das contas públicas ou da estruturação de um desenvolvimento mais consequente, como aliás em muitos outros domínios não aflorados nesta amostra, tanto para refletir, interiorizar e consensualizar com vista à afinação de uma máquina que, funcionando, continua ainda a emitir sinais de bastante e diversificada insuficiência de rendimento!

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