A fina inteligência de Jaime Nogueira Pinto está bem patente na entrevista/conversa que a “Revista do Expresso” deste fim de semana publica. Pessoalmente, apreciei ler Viktor Orbán em discurso direto, explicando-se genericamente nas suas razões (sobretudo histórico-nacionalistas) mesmo quando se conhece o muito de inexplicável que decorre do seu truculento exercício político ao comando do seu país, a Hungria. Sugiro uma leitura cuidada da peça, que integra uma multiplicidade de dimensões de interesse, e escolho reproduzir aqui apenas a sua lúcida e estimulante referência à China — um “novo jogador” que “está aqui” e “onde a economia vai ser sempre comandada pela política” — e à “forma chinesa de fazer política externa”, que contrapõe a uma “forma americana, e muitas vezes europeia” que “parte de uma “superioridade moral”: “os chineses nunca nos dizem como nos devemos comportar ou o que é moralmente certo ou errado” e “zelam sempre e só pelos seus interesses”. Aqui está um bom ponto de reflexão.
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