No dia em que os nossos amigos ingleses nos abalaram as convicções mais otimistas para o turismo nacional (e sobretudo algarvio) do Verão que aí vem, recorro ao nosso cartunista honoris causa para pôr alguma água na fervura e referir que não está ainda tudo perdido e sugerir a possível existência de vias criativas no sentido de se trabalharem novas respostas de procura.
Mais a sério, e não querendo admitir estarmos perante qualquer tipo de conspiração anti-lusitana, diria que valerá bem a pena avaliar com cuidado o que se está por aí passar, por um lado, e que foi mais rápida do que o que se previa a constatação de que houve decisões e procedimentos de que não havia necessidade (cá voltamos ao velho ditado de que “depressa e bem há pouco quem”!), por outro lado. Também volta a ficar claro que uma atividade tão dependente quanto a turística, podendo e devendo ser um complemento importante da estruturação da nossa economia, não detém as condições de sustentabilidade que a possam tornar uma espécie de elemento nuclear do nosso modelo económico; só teremos futuro, e o turismo também, se compreendermos e assumirmos isto em todas as suas consequências.
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