Hoje é feriado por aqui, pelo que convirá que não cometamos o martirizante erro primário de darmos ares de trabalho descentralizado continuado. Recorro por isso a Luís Afonso, numa atualização de algum do seu elucidativo best of mais recente. Ali está este Portugal sem ponta de chama em que as mais altas figuras da Nação se dobram e desdobram em deslocações a estádios europeus de futebol na busca de uma qualquer glória mais ou menos quixotesca, em que a chanceler alemã nos repreende amavelmente pelos nossos descuidos (e só porque não estamos em tempos de grande musculação, como aquando das intromissões troikistas!), em que as capturas partidárias do aparelho de Estado prosseguem sem dó nem piedade (nem vergonha, já agora) e em que a TAP se tornou o desígnio de agentes políticos sem estratégia transformadora para o País. Outras notícias destes dias acrescentam ao que atrás fica sublinhado, designadamente no tocante à dimensão de ridículo e desligamento que se vai apoderando de uma “classe política” cada vez mais excessivamente fechada sobre si própria (doentias ambições pessoais, querelas partidárias mesquinhas, imaginações fervilhantes, ideologias irrealistas, deslumbramentos infantis, desresponsabilizações impróprias, incompetências gritantes); já para não referir as movimentações dos “suspeitos do costume” e os sucessos que se lhes vaticinam...
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