domingo, 4 de dezembro de 2022

A AFEGÃ ZARIFA

(Felipe Hernández, “Caín”, http://www.larazon.es) 

À medida que nos vão chegando notícias avulsas sobre o que tem sido o regresso do medievalismo ao Afeganistão por força da reocupação do poder pelos talibãs (com a imensa cumplicidade dos americanos e, no caso, também da Administração Biden, naquela que terá sido a sua pior decisão desde que se instalou), com relatos sobre a proibição de frequência escolar pelas raparigas e a sua obrigatória fixação em casa ou sobre a retoma de mutilações e outras atrocidades públicas, vem a Netflix trazer-nos um excelente e elucidativo documentário ("In Her Hands") sobre o que foram alguns quotidianos por lá vividos nestes últimos dois anos, com destaque para o de uma mulher (Zarifa Ghafari) que, aos 26 anos, se tornara mayor de uma pequena cidade próxima de Cabul (Maidan Shahr) e protagoniza uma odisseia pessoal de afirmação de valores humanos e democráticos e de luta pela sobrevivência num país em deslaçamento e sem esperança. Recomendo que não percam.


(Seb Jarnot, https://www.ft.com)

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