Duvido que algum meio noticioso nacional ou internacional possa ter encontrado argumentos (que não sejam os da mais requintada maldade ou os do perigo global mais iminente) para elegerem outra figura que não a de Volodymyr Zelensky como a merecedora de ser considerada a mais distintiva deste ano de 2022. O presidente ucraniano foi indiscutivelmente a pessoa mais presente nos nossos ecrãs, revelando uma resiliência (emprego aqui com propriedade essa horrível palavra agora tão em moda!), uma coragem e uma capacidade de comunicação absolutamente invulgares. O ano termina com Zelensky em deslocação a Washington e com receções marcantes na Casa Branca e no Congresso, com isto culminando uma espécie de termo da fase da guerra em que se viveu ao longo destes mais de dez meses e talvez abrindo a hipótese de uma nova esperança no sentido da paz. Não sei o que Zelensky poderá ainda vir a fazer de bom ou menos bom com todo o capital de respeitabilidade e simpatia que acumulou, mas que este ano foi o dele isso ninguém certamente contestará.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
A FIGURA DO ANO
(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)
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