(cartoon de Joe Cummings, http://www.ft.com)
Depois do Brexit e de Trump, a vez das primárias da direita francesa nos trazerem uma expressiva surpresa, com François Fillon a sobrepor-se aos mais que favoritos Sarkozy e Juppé. Explorando habilmente os estados de espírito do eleitorado, o desvalorizado ex-primeiro ministro de Sarkozy focou-se num acérrimo posicionamento identitário e católico e logrou, já quase no prolongamento do jogo, uma brusca transformação das suas múltiplas e reconhecidas fraquezas (chegaram a designá-lo de Mister Nobody) num projeto de candidatura largamente vencedor. Porque, afastado o perigoso porque sempre mutante e adaptativo Sarkozy, acabou quase naturalmente por suceder que as impopulares proclamações reformistas (promessas de austeridade e supressão de 500 mil empregos públicos, em particular) do arauto do liberalismo thatcheriano (mais uma magnífica capa do “Libération”) conseguissem levar a melhor sobre o herdeiro de um chiraquismo já esgotado aos olhos dos cidadãos. Se Fillon vier a fazer vencimento, o que não será de todo fácil, resultará especialmente interessante vê-lo a atuar para concretizar os compromissos de “modificar a psicologia francesa” e de “renovar uma relação franca e sólida” com Putin e Trump...
(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)
(Sergio Goizauskas – “Serguei”, http://lemonde.fr)
(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
(James
Ferguson, http://www.ft.com)
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