domingo, 20 de novembro de 2016

O ADEUS EUROPEU DE OBAMA

(Dimitris Hantzopoulos, http://www.kathimerini.gr)

(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)

Convenhamos que, objetivamente, Barack Obama foi também um derrotado daquela louca noite de 8 de novembro. Embora os balanços fidedignos ainda escasseiem e só talvez possam emergir dando tempo ao tempo. O ainda presidente americano vai fazendo agora as despedidas de um período de que creio que viremos a guardar saudades, mais não seja da sua simpatia, da facilidade e qualidade da sua comunicação e verbo e da sua extraordinária capacidade de mobilização.

Obama terá agora sentido necessidade de protagonizar um adeus especial à Europa, sobretudo também de depois de ter sido confrontado com o discurso castafiórico de Juncker contra Trump depois de eleito (“a eleição de Trump pode transtornar as relações intercontinentais nas suas fundações e estrutura”, “temos de ensinar ao presidente eleito o que é a Europa e como funciona” ou “penso que vamos perder dois anos enquanto Trump viaja pelo mundo que não conhece” – é de homem e próprio de político de fino recorte!). Adeus que aconteceu esta semana com duas visitas, que não podem deixar de ser encaradas como simbolicamente sinalizadoras de uma cada vez mais desejável unidade, à Grécia e à Alemanha.

Ei-lo, abaixo, à despedida de Tsipras (mas já com Schäuble reaparecendo no horizonte) e em conversa de aconselhamento a Merkel (sobretudo sugerindo-lhe que importará manter Donald à distância do comprimento braçal, pelo menos e ao que se julga saber) e no final da mesma, com Angela a não conseguir resistir à sensação de perda que já desesperadamente a invade...

(Zervos Petros, http://www.efsyn.gr)

(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)

(Klaus Stuttmann, http://www.tagesspiegel.de)

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