quarta-feira, 16 de novembro de 2016

DIZ O ROTO AO NU


O Instituto Nacional de Estatística divulgou hoje que o PIB português registou, no terceiro trimestre do ano, um crescimento de 1,6% em termos homólogos e de 0,8% em cadeia. Um resultado modesto mas positivo à luz do passado recente de curto e médio prazo.

À boa maneira portuguesa, logo todos se precipitaram para os microfones, uns para salientar quão bem estão a desempenhar os seus papéis na cadeira das Finanças, no apoio parlamentar ao Governo ou na pasta da Economia – “este crescimento mostra a economia portuguesa num bom caminho, com um rumo muito interessante e demonstra que de facto há maior confiança”, “isto demonstra a solidez da retoma da economia portuguesa e a capacidade de resposta das empresas portuguesas à crise dos mercados internacionais”, “os números são surpreendentes por serem muito positivos e demonstram que algum do trabalho que o Governo está a fazer já está a dar frutos” ou “não se verificava um crescimento tão forte no terceiro trimestre nos últimos seis anos” (Manuel Caldeira Cabral) –, outros para minimizar o trabalho que vai sendo desenvolvido pelos primeiros e para contrapor quão melhor fora o dos seus correligionários que estiveram antes – “não há razões para embandeirar em arco”, “vamos chegar ao fim de 2016 com pior desempenho do que tivemos em 2015” ou “isso é indiscutível, independentemente do resultado deste trimestre” (Luís Montenegro).

Incorrigíveis, nós somos!

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