domingo, 20 de novembro de 2016

PORTO: DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E COMPETITIVIDADE




(A convite do Dr. Ricardo Valente, vereador da Câmara Municipal do Porto para as questões do desenvolvimento económico, lá estarei amanhã pela segunda vez nas sessões públicas organizadas no âmbito dos trabalhos de revisão do PDM do Porto, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, às 18 horas…)

Por gentileza do convite do Dr. Ricardo Valente, meu antigo colega na Faculdade de Economia do Porto e atualmente vereador da Câmara Municipal do Porto, proposto pelo Presidente Dr. Rui Moreira entre os eleitos pela lista do PSD, lá estarei de novo nas sessões públicas do PDM, depois de ter tido a honra de as inaugurar em companhia do Professor Valente de Oliveira.

Depois das questões do relacionamento da Cidade com o seu entorno e organização metropolitana, cabe-me agora discutir os temas do desenvolvimento económico e da competitividade da Cidade, não perdendo de vista que o objetivo da reflexão é servir a revisão do PDM, mesmo que o interesse do tema esteja muito para além desse fim.

Preparei uma intervenção organizada em torno do título “PORTO: O QUE PODE FAZER A CIDADE EM TERMOS DE COMPETITIVIDADE/ATRAÇÃO DE PESSOAS, DE EMPRESAS E DE INVESTIMENTO?”.

A estrutura da apresentação é a seguinte:

  • 1. Porto: Cidade e coração de uma aglomeração metropolitana potencialmente policêntrica – a dimensão do desenvolvimento económico e da competitividade;

  • 2. Porto: competitividade da Cidade ou das empresas que nela estão instaladas ou a procuram?

  • 3. Porto: Cidade de atmosferas e vivências não replicáveis e de formação superior e avançada de recursos humanos.

No primeiro ponto, discutirei essencialmente quais as dimensões do desenvolvimento económico e da competitividade que poderão ser melhor impulsionadas no âmbito de uma governação metropolitana (que não existe, esclareça-se) e as que estão ao alcance da gestão municipal.

No segundo ponto, discutirei a eterna controvérsia se a competitividade de uma Cidade tem autonomia face ao da competitividade das empresas que nela estão instaladas ou se pretendem instalar. Equacionarei o problema no âmbito de uma conceção da competitividade empresarial que se joga em três espaços: o do irredutível miolo organizacional das empresas; o do espaço de sinergia e proximidade em que as empresas se localizam e o do espaço das alianças estratégicas na economia global. Mostrarei que a competitividade do Porto pode ser influenciado pelo que a Cidade do Porto pode oferecer nesse espaço de sinergia e proximidade e que pode também ser promovida em três dimensões complementares: a das condições de vida que podem ser oferecidas aos gestores e quadros qualificados das empresas que se pretende atrair; o das condições de sustentabilidade ambiental a que algumas empresas e quadros são sensíveis e o da qualidade da governação económica da Cidade.

No terceiro ponto, distinguindo entre fatores infraestruturais (que associo mais à inserção metropolitana) e imateriais e de atmosferas, discuto o Porto como cidade de atmosferas e vivências dificilmente replicáveis (um primeiro passo para a competitividade) e com uma capacidade apreciável de formação superior e avançada de recursos humanos qualificados. Como ponto focal desta capacidade, discutirei sobretudo o ecossistema de inovação que emerge e se consolida em torno do polo da Asprela.


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