(A convite do Dr.
Ricardo Valente, vereador da Câmara Municipal do Porto para as questões do
desenvolvimento económico, lá
estarei amanhã pela segunda vez nas sessões públicas organizadas no âmbito dos
trabalhos de revisão do PDM do Porto, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett,
às 18 horas…)
Por gentileza
do convite do Dr. Ricardo Valente, meu antigo colega na Faculdade de Economia
do Porto e atualmente vereador da Câmara Municipal do Porto, proposto pelo Presidente
Dr. Rui Moreira entre os eleitos pela lista do PSD, lá estarei de novo nas sessões
públicas do PDM, depois de ter tido a honra de as inaugurar em companhia do Professor
Valente de Oliveira.
Depois das questões
do relacionamento da Cidade com o seu entorno e organização metropolitana,
cabe-me agora discutir os temas do desenvolvimento económico e da competitividade
da Cidade, não perdendo de vista que o objetivo da reflexão é servir a revisão
do PDM, mesmo que o interesse do tema esteja muito para além desse fim.
Preparei uma
intervenção organizada em torno do título “PORTO: O QUE PODE FAZER A CIDADE EM
TERMOS DE COMPETITIVIDADE/ATRAÇÃO DE PESSOAS, DE EMPRESAS E DE INVESTIMENTO?”.
A estrutura
da apresentação é a seguinte:
- 1. Porto: Cidade e coração de uma aglomeração metropolitana potencialmente policêntrica – a dimensão do desenvolvimento económico e da competitividade;
- 2. Porto: competitividade da Cidade ou das empresas que nela estão instaladas ou a procuram?
- 3. Porto: Cidade de atmosferas e vivências não replicáveis e de formação superior e avançada de recursos humanos.
No primeiro
ponto, discutirei essencialmente quais as dimensões do desenvolvimento económico
e da competitividade que poderão ser melhor impulsionadas no âmbito de uma
governação metropolitana (que não existe, esclareça-se) e as que estão ao
alcance da gestão municipal.
No segundo ponto,
discutirei a eterna controvérsia se a competitividade de uma Cidade tem
autonomia face ao da competitividade das empresas que nela estão instaladas ou
se pretendem instalar. Equacionarei o problema no âmbito de uma conceção da
competitividade empresarial que se joga em três espaços: o do irredutível miolo
organizacional das empresas; o do espaço de sinergia e proximidade em que as
empresas se localizam e o do espaço das alianças estratégicas na economia
global. Mostrarei que a competitividade do Porto pode ser influenciado pelo que
a Cidade do Porto pode oferecer nesse espaço de sinergia e proximidade e que
pode também ser promovida em três dimensões complementares: a das condições de
vida que podem ser oferecidas aos gestores e quadros qualificados das empresas
que se pretende atrair; o das condições de sustentabilidade ambiental a que
algumas empresas e quadros são sensíveis e o da qualidade da governação económica
da Cidade.
No terceiro
ponto, distinguindo entre fatores infraestruturais (que associo mais à inserção
metropolitana) e imateriais e de atmosferas, discuto o Porto como cidade de
atmosferas e vivências dificilmente replicáveis (um primeiro passo para a
competitividade) e com uma capacidade apreciável de formação superior e
avançada de recursos humanos qualificados. Como ponto focal desta capacidade,
discutirei sobretudo o ecossistema de inovação que emerge e se consolida em
torno do polo da Asprela.
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