O que tem de ser, tem muita força! E nisso os alemães são muito pragmáticos e não se perdem em hesitações, como Merkel acaba de evidenciar através do acordo que ontem fechou com o SPD de Schulz. Sendo que este, grande taticista como sabe ser, também fez a sua parte ao ceder perante a contrapartida interna de uma renovação do seu partido, algo que decerto lhe surge como um mal menor quando vai passar a ocupar os Negócios Estrangeiros e a garantir um quase homónimo social-democrata nas Finanças (Olaf Scholz). Será, aliás, neste plano que se jogará o verdadeiro alcance deste acordo, quer quanto ao sacrifício que ele comporta visto pela perspetiva dos jovens social-democratas quer quanto ao que dele resultará em termos da (ir)relevância com que o nome de Schulz passará à história europeia deste período. Em qualquer caso, e muito espremidamente, o facto é que, depois de quatro meses e meio intensos nos bastidores negociais, parece estar definitivamente aberta a porta para lá da qual se irá dar início a um largamente imprevisível “Merkel IV” – com Macron a respirar notoriamente de alívio, a máquina europeia a ligar os motores na expectativa de lhe apontarem um rumo e o “Financial Times” a sentenciar que Merkel, Schulz e “Groko III” have few places to hide...
(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)
(Klaus
Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)
(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)
(Kak, http://www.lopinion.fr)
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