segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

SAUDAÇÃO A ADOLFO


Tinha construído toda uma outra ideia de Adolfo Mesquita Nunes (AMN). A ideia preferencialmente negativa de um jovem conservador e petulante, uma ideia feita de algumas ideias feitas e assente em pré-juízos pouco informados, assim como numa presença arrogante em debates televisivos e na sua prestação política mais visível (sobretudo a secretaria de Estado do Turismo, ao tempo de António Pires de Lima, que me pareceu ter ocupado sem grande sentido da função que lhe cabia e do papel que verdadeiramente estava ao seu alcance). A entrevista de AMN, publicada na revista do “Expresso” do último Sábado, mudou em mim aquela perceção, que aliás pude confirmar primária no tocante à importante dimensão da liberdade individual e dos costumes (vejam-se as tomadas de posição, que por defeito meu lhe desconhecia, acerca da despenalização do aborto e do casamento homossexual). Concluo: AMN mostrou personalidade, coragem e sentido de cidadania e quero daqui saudá-lo por isso.

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