quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

O BEIJO DE MARGRETHE E MICHEL


Já começa a falar-se da sucessão de Juncker em Bruxelas e nas grandes capitais europeias. Apesar de, em boa verdade, dela se falar desde a chegada do luxemburguês à presidência da Comissão Europeia e de, como é da natureza de uma política feita por homens e suas ambições, os jogos palacianos nunca terem deixado de marcar presença dominante ao longo de um mandato que, com bastante esforço próprio e algumas ajudas exógenas, até acabou por ser menos mau do que se antecipava. Ora, e ao que se vai ouvindo, parece que de momento serão Vestager e Barnier os maiores favoritos ao lugar, aquela justificada pela visibilidade e firmeza do seu trabalho na Concorrência e especialmente apoiada pelo novo apontador de rumo europeu (Macron) e este justificado pela visibilidade e firmeza do seu trabalho nas negociações do “Brexit” e especialmente apoiado pelo maior partido europeu (PPE). Outros nomes com algum eco – na esfera socialista, sobretudo – seriam os de Federica Mogherini e Frans Timmermans, ainda que tudo leve a crer que estes não venham a ter grandes hipóteses sem que a sua área política encontre uma criativa forma de dar a volta ao ramerrame imobilista em que se deixou viciar. Concluo, muito provisoriamente: qualquer dos dois apontados é, à partida, melhor do que Juncker prometia ir ser quando se lançou, pese embora o facto de um presidente da Comissão Europeia ser sempre necessariamente um melão de imprevisível qualidade antes de aberto...

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