sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A ÚLTIMA FALA DO GALO DONALD



Cumpro o prometido em relação ao discurso de Trump sobre o Estado da Nação. Recorro para tal a dois instrumentos principais: a elucidativa capa do “The Wall Street Journal” do dia seguinte (que sublinha a diferente e otimista postura do presidente e o seu enfoque num “novo momento americano”) e o apanhado que foi publicado pelo “El País” das frases-chave do discurso (todas sintomáticas, porque todas demagógicas, todas autocentradas, todas reacionárias e todas perigosas). Sintetizo: além de um primário mas eventualmente eficaz aproveitamento de diversos sinais prometedores vindos da conjuntura económica e de repetidas declarações nacionalistas e patrióticas para alimentar e conquistar os mais frágeis corações da América profunda, a dominante daquela quase hora e meia esteve mesmo num vergonhoso libelo contra a abertura de fronteiras, na mais que sugestiva ideia de modernização e reconstrução do arsenal nuclear do país e na indefensável e humanitariamente insultuosa decisão de manter Guantánamo. Disse.

(Steve Bell, http://www.guardian.co.uk) 

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