Acompanhei de perto e com algum entusiasmo a chegada de Lula da Silva ao poder no Brasil, matéria sobre a qual já aqui dei conta mais ou menos pormenorizada. Depois, e gradualmente, fui acompanhando com preocupação e alguma revolta a triste deriva do seu Partido dos Trabalhadores no exercício desse poder, com um Lula permissivo/refém, segundo uns, ou agente/cúmplice, segundo outros. Entretanto, muita água correu debaixo da ponte e Jair Bolsonaro foi eleito presidente enquanto Lula acabava preso às mãos do justiceiro Sérgio Moro e seus apaniguados. Uma prisão que durou 580 dias e ontem terminou na sequência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que parece dotada da maior lógica. Sendo que a batalha judicial vai prosseguir com recursos e novos acórdãos, não era minha intenção puxar aqui pelo assunto. Mas o inaceitável e aviltante tweet de Bolsonaro despertou em mim uma vontade de daqui manifestar a minha solidariedade democrática para com aqueles que ajudaram a libertar o Brasil do jugo da ditadura e que, mesmo podendo ter cometido alguns erros (ou até crimes, sei lá!), ajudaram também a iniciar a construção de um país tolerante e menos desigual. Ou seja, para com aqueles que estão em lado oposto ao do atual e desregrado poder instalado no “impávido colosso”.
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