quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A NOVA COMISSÃO A VOTOS



Chega finalmente o dia em que o Parlamento Europeu vai votar o novo colégio de comissários. Após um período turbulento a diversos títulos, designadamente no que tocou às rejeições dos candidatos designados por França, Hungria e Roménia, as formalidades (mais ou menos substantivas e, vencida a fúria de Macron com a aprovação de Thierry Breton, concluídas com a polémica audição do húngaro Olivér Várhelyi) estão agora cumpridas – com a negação de Boris Johnson quanto à indicação de um comissário britânico a ser ultrapassada na secretaria – e os motores já aquecem para o arranque de partida. Entretanto, as disputas em torno dos job titles parecem também ultrapassadas pelos mínimos (a proteção da modo de vida europeu passa a promoção, a função emprego é acrescentada com uma referência aos direitos sociais e o encarregado do ambiente e oceanos integra explicitamente uma atenção às pescas). Por estes dias, todos os grupos políticos se têm posicionado no sentido de se autovalorizar no processo – aliás bastante translúcido –, sendo curioso o poster do S&D que sintetiza os seus grandes achievements (numa carta aos parlamentares europeus, o líder Iratxe García refere que o grupo foi capaz de maximize our leverage e de deixar na nova Comissão the indelible stamp of our group). Depois da sessão parlamentar de hoje em Strasbourg, fica apenas a faltar o voto do Conselho (Sexta-Feira) para que a Comissão von der Leyen fique legitimada para iniciar plenamente o seu exercício quinquenal.

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