(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)
Após uns dias de quarentena, voltemos ao Brexit. Desta vez para registar que o Halloween de 2019 não cumpriu com o que prometera, já que nada de histórico ocorreu nessa noite de que tanto se esperava pela mão desse génio da política que é Boris Johnson, aliás devidamente coadjuvado pela Rainha Isabel II. Depois de alguns momentos parlamentares absolutamente hilariantes (ou tristes?), com várias derrotas por parte do primeiro-ministro, este acabou a baixar os braços e a enviar cartas contraditórias (quer em mensagem quer em assinatura ou falta dela) para Bruxelas. Como da Europa só podia chegar um assentimento a mais uma extensão de prazo (apesar de Macron), as disputas regressaram aos Comuns até ao desfecho de uma convocação, quase por cansaço, de eleições gerais para 12 de dezembro, com o estranho e incongruente Jeremy Corbyn a finalmente aceitar ser uma peça da solução que pode afinal não o vir a ser. Tudo demasiado mau e confuso, só faltando agora acontecer uma vitória clarificadora para BoJo (como as sondagens levam a admitir ser possível), escondendo a mesma uma claríssima perda de representatividade dos partidos tradicionais e moderados em favor do inenarrável Farage e dos remainers liberais-democratas. Temos cinco semanas pela frente e muito ainda estará para vir.
(Patrick Blower, http://www.telegraph.co.uk)
(Matt Pritchett, http://www.telegraph.co.uk)
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