(a partir de https://www.politico.com)
Nuestros hermanos vão novamente às urnas no Domingo. E sem grandes expectativas de que se desbloqueie uma situação política que parece absolutamente irregenerável. O gráfico acima, construído a partir de cinco cortes temporais selecionados para os últimos dois anos, é elucidativo da perturbação reinante e das oscilações do eleitorado. Assim, e muito genericamente: o PP estava à frente com 28% há dois anos, caiu até 17% nas eleições de abril passado e está agora em lento crescimento (21%); o PSOE esteve em queda até à saída de Rajoy (chegou a valer 20%), começou depois a subir até aos 29% das últimas eleições e ainda prosseguiu em ligeira alta depois para entrar em perda até aos 27% atuais (um provável vencedor mas uma manifesta falha, de todos os pontos de vista, da estratégia isolacionista de Sánchez); o Ciudadanos, que liderava as sondagens ao tempo do fim de Rajoy, foi caindo sucessivamente até despencar brutalmente depois dos 16% de abril para os 9% de hoje; o Podemos, que andou nos 16 a 20% até há um ano, perdeu expressão depois e encontra-se agora nos 12%; o Vox, que era uma extrema-direita sem significado até abril (2%), consegue chegar ao Parlamento em abril (10%) e está agora nuns 14% que poderão fazer dele o terceiro maior partido de Espanha. Se quisermos ser breves, Sánchez castigado, Rivera castigado, Iglesias castigado e, assim, Casado a aproveitar algum espaço e Abascal a capitalizar o descontentamento – perigosamente, aliás, como decorre de uma previsão média de 46 lugares parlamentares. Se a toda esta indefinição juntarmos o caldeirão da Catalunha, bem teremos de convir que temos aqui por perto um dos maiores barris de pólvora da Europa – uma excelente razão para olharmos para dentro de nós e não nos querermos continuar a tornar um parente pobre dessa Ibéria cada vez mais mal sonhada.
(Felipe Hernández, “Caín”, http://www.larazon.es)
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