sábado, 23 de novembro de 2019

NOVA CHANCE

(cartoon de Omar Momani, http://www.goal.com)

É com algum agrado que vejo José Mourinho regressar à atividade futebolística, após um ano de paragem que parecia tender para definitiva. Tudo por causa, diz-se, de um misto de tremendo mau feitio e cansaço daquelas exigentes rotinas de trabalho. A questão que fica demonstrada com este regresso à Premier League por via de um ingresso no Tottenham, assente num contrato de 17,5 milhões anuais e válido por três anos e meio, é que o nosso Mou tem uma importante obra feita e ainda consegue encontrar quem lhe conceda credibilidade ao mais alto nível. A única dúvida que resta é a de saber se o desemprego lhe permitiu pensar maduramente e assumir que tem de mudar de vida, quer na sua relação com o grupo de jogadores (que foi um desastre no Manchester United e tinha sido excelentemente gerida no Inter de Milão, por exemplo) quer nos seus hábitos e métodos de funcionamento (que foram inovadores durante anos a fio e pareceram esgotados nas épocas mais recentes). Torço para que o Special One possa voltar ao seu melhor, terminando com polémicas infrutíferas e contraproducentes e produzindo os resultados desportivos e de inventividade que dele ainda se esperam – tanto mais que, além de ele me merecer a condescendência que decorre da sua inimitável passagem pelo FC Porto e da capacidade que revelou de contribuir para a imagem internacional de Portugal, eu até fiquei a apreciar especialmente o centenário Tottenham Hotspur desde aquele seu título inglês de 1961 (o segundo do seu historial e nunca mais repetido). Se José fizer bem o que lhe é pedido, prometo ir proximamente ver um jogo da sua equipa ao moderno e magnífico estádio que o clube inaugurou em abril desde ano para suceder ao velhinho e emblemático White Hart Lane.

Sem comentários:

Enviar um comentário