segunda-feira, 11 de novembro de 2019

DA POLÍTICA ECONÓMICA


Segundo as previsões de outono da Comissão Europeia, transcritas e completadas pelo “Dinheiro Vivo”, Portugal ocupará o pódio dos apertos orçamentais a serem realizados até 2021. No caso, passaremos de um mínimo histórico de défice público em 2019 (0,1% do PIB) para um saldo zero em 2020 e um excedente de 0,6% em 2021. O que é extraordinário!

Simultaneamente, o investimento público continuará a níveis muitos baixos, a ponto de se prever que ocupemos a “lanterna vermelha” no contexto europeu deste ano (2% do PIB, conforme quadro acima) e dos próximos. O que não deixa de ser, também, extraordinário!

Uma política económica integralmente funcionalizada à ideia de “contas certas”, confessadamente com algum sucesso imediato. A questão, se é que existe uma, é a do desaparecido mix de que tratavam os manuais por onde estudamos ou, se quisermos ver a coisa numa diferente perspetiva, a da razoabilidade dos fundamentos para a sua implícita desnecessidade.

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