quarta-feira, 6 de novembro de 2019

PARA NÃO ESQUECER O BRUCE..


Foram três semanas desportivas fantásticas as do Mundial de Râguebi do Japão, há dias terminado em Yokohama com a inesperada vitória da seleção da África do Sul. Vi em direto o que pude, revi o melhor do que não pude ver em direto e ainda assim perdi bastante. No todo, os pontos mais altos do torneio estiveram em dois jogos excecionais: o da surpreendente e algo folgada vitória (19-7) da Inglaterra sobre a favorita Nova Zelândia nas Meias-Finais, certamente a melhor partida da competição, e a magnífica vitória do Japão sobre a Escócia na fase de grupos que valeu aos nipónicos um inédito apuramento para os Quartos-de-Final. No jogo da final, a Inglaterra era encarada como uma vencedora antecipada – sobretudo após a eliminação acontecida às suas mãos de uma Nova Zelândia que vencera com naturalidade os sul-africanos na fase de grupos (23-13) –, mas foram estes a impor-se com razoável facilidade (32-12) num encontro interessante mas só espetacular pela exibição tática dos novos campeões. Curioso registar que, fruto desta série de resultados, nenhuma seleção acabou invicta o torneio.


Em termos individuais, o meu limitado conhecimento do jogo não chega para destaques pessoalizados que não os mais óbvios. Mas sempre recolhi vários nomes notórios, alguns dos quais nomeados para o prémio atribuído na gala do dia seguinte (infografia abaixo) ao jovem sul-africano Pieter-Steph du Toit. Além destes, o maior concretizador da competição (Handre Pollard, designadamente com seis penaltis e duas conversões na final) e o marcador do primeiro ensaio da final (Makazole Mapimpi), na equipa campeã, e o capitão inglês Owen Farrell mais o neo-zelandês Beauden Barrett (frequentemente considerado o melhor jogador do mundo), nas equipas que ocuparam os restantes lugares do pódio. Duas referências conclusiva, uma à organização – porque, rezam as crónicas, foi simplesmente impecável, apesar das perturbações provocadas pelo tufão que andou por aquelas bandas a meio do programa – e outra ao Bruce Manson, um amigo australiano que viveu no Porto e me fez apreciar este incrível desporto que primeiro se estranha e depois se entranha.


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