sábado, 23 de abril de 2022

40 ANOS DE PINTO DA COSTA

Em cima dos quarenta anos completados por Jorge Nuno Pinto da Costa à frente do FC Porto (veja-se o espantoso palmarés do clube nesses anos), a equipa principal de futebol deu dois passos decisivos para conseguir alcançar uma “dobradinha” na época. O primeiro vencendo o Portimonense (e o que para aí foi de ruído sobre o alinhamento da formação de Paulo Sérgio!) e ganhando sem jogar em Alvalade (onde os vermelhos da Segunda Circular foram ganhar por 2-0); o segundo vencendo em casa a segunda mão das meias-finais contra os verdes da Segunda Circular (após também terem vencido a primeira mão em Alvalade). Teremos assim de convir que o Presidente junta aos seus imensos méritos de competência e dedicação ao clube (pontualmente interrompidos por decisões e posturas nem sempre consentâneos ou adequados em termos de gestão desportiva ou propriamente dita) uma certa dose de “boa onda”, quase parecendo que os deuses se quiseram associar aos seus festejos pessoais com o devido bafejamento de dois magníficos bilhetes premiados (aos quais falta ainda que se adicionem quatro pontos em três jogos na Liga e uma vitória sobre o Tondela no Jamor).


(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
 

Tudo isto quando os jogos de bastidores quase iam marcando este último jogo decisivo com um castigo apressado a Pepe (após muitas semanas de silêncio) que só uma providência cautelar acabou por rechaçar; ao mesmo tempo que o sempre cavalheiro e bem-falante Ruben Amorim se ia metendo com Sérgio Conceição nas “bocas” do pré-jogo e indecorosamente com o próprio jogador no decurso do mesmo. Começa a vir ao de cima alguma azia (a época está quase perdida em títulos para ele e o inefável Varandas, sendo que terão ainda de segurar o segundo lugar para acesso à Liga dos Campeões). Uma palavra final para o técnico do FC Porto que, após um início titubeante, algumas hesitações e vários excessos desnecessários no banco (para não falar do erro cometido na Liga Europa), conseguiu estabilizar a equipa (sobretudo, e improvavelmente, depois das saídas de Jesus Corona e Sérgio Oliveira) e pô-la a jogar fluentemente e ao melhor nível nacional (sobretudo os jovens que foi sabendo lançar e que foram paulatinamente ganhando confiança e exibindo classe, de Diogo Costa a Vitinha, de Fábio Vieira a João Mário, para não referir o excelente Luis Diáz que a administração lhe roubou de modo inglório no defeso de Inverno) ― importa, pois, reconhecer que os títulos, a acontecerem efetivamente, ficam largamente a seu crédito, assim determinando que muitas das críticas que lhe foram sendo feitas (também aqui) devem ser relevadas e sujeitas a um pedido de desculpas que, não pretendendo apagar os erros e omissões ocorridos, se justifica em nome de um todo por demais positivo e muito acima das expectativas.



(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

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