Não posso deixar passar aqui em claro aquele que foi o espetáculo da semana, do mês e do ano em termos desportivos: a primeira mão da meia-final da Champions, disputada entre o Manchester City e o Real Madrid e terminada com um magnífico 4-3 após alguns golos do outro mundo (como os de Vinícius Junior e de Bernardo Silva, assim como os dois de Karim Benzema). Um hino ao futebol ou futebol no estado puro, conforme preferirem, eis o que foram aqueles mais de noventa minutos de um jogo que ficará definitivamente na memória de todos quantos souberam apreciar o misto de esplendor físico, pura magia e recorte técnico-tático que encheu literalmente o terreno sem que sobrasse qualquer tempo para respirar. O grande jornal espanhol da especialidade (“Marca”) referiu, muito justamente, que o Real saiu vivo de Manchester, recuperando por três vezes de uma diferença de dois golos (Milagro a Milagro) e deixando o apuramento em aberto para a próxima semana no Bernabéu (que “terá a última palavra”); assim foi, de facto, mas a ideia que ficou não deixou de ser a de um City mais bem trabalhado e oleado (embora também recheado de individualidades) perante um Real composto por um conjunto de individualidades a funcionarem relativamente menos em termos coletivos ― ou seja, se nada de essencial mudar na Quarta-Feira, o City seguirá para uma provável final com o Liverpool (que parece ir passar com alguma facilidade o Villarreal); mas como a lógica em futebol é, frequentemente, bem mais do que uma batata...
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