segunda-feira, 18 de abril de 2022

AS SANÇÕES SOBRE OS BANCOS RUSSOS

(J. Kirschenbaum and N. Véron, https://www.piie.com) 

Por razões já ontem explanadas, prossigo em modo de economia de meios. Não obstante, sempre aproveito para aqui dar conta de um importante elemento informativo divulgado no âmbito do PIIE, o qual é bem revelador da fraqueza comparada da União Europeia (UE) em matéria de imposição de sanções a bancos russos (could do much more). Facto que alimenta a argumentação de algumas vozes críticas, que se vão ouvindo em crescendo na fase de impasse que agora se vive, contra a incapacidade de respostas decisivas, unas e sólidas face a Putin por parte do bloco europeu.

 

Pese embora alguma injustiça associada a tais posições críticas, especialmente quando considerada a inédita reação a que se assistiu de início, seja por via do fornecimento de armamento letal à Ucrânia ou da aplicação expedita de sanções económicas; estávamos à época perante novidades como as do SWIFT ou da penalização dos oligarcas que pareciam bem mais eficazes do que realmente veio a verificar-se (leituras que alimentavam até algumas piadas sobre o prolongamento do mandato do inconcebível presidente do Conselho Europeu, Charles Michel). Mas estávamos, sobretudo, ainda bem longe dos verdadeiros dilemas nacionais (e, em primeira linha, alemães) que entretanto acabaram por ser colocados na mesa negocial de Bruxelas em torno da problemática estratégica da energia (hoje encarada como a única capaz de fazer mossa determinante na economia da Rússia e, portanto, no financiamento das suas significativas despesas de guerra) e assim por suscitar um potencial divisionista de monta e enorme risco no seio dos parceiros europeus; matéria que se vai tornando cada vez mais melindrosa à medida que as conjunturas políticas adversas se vão sucedendo (com especial destaque para o caso Orbán) e podem ainda vir a agravar-se na hipótese de um desastre “lepeniano” em França. 

(Andrés Rábago García, “El Roto”, http://elpais.com)

(Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)

(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)

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