Foi com especial alívio que ontem assisti ao momento em que as projeções deram por certa a vitória de Emmanuel Macron na segunda volta das presidenciais francesas. Alívio que terá sido partilhado de modo bem sentido por toda a Europa democrática. Sem prejuízo de ser igualmente verdade que vimos assistindo a uma assustadora e aparentemente incontornável afirmação da extrema-direita nacionalista, xenófoba e antieuropeia ― como refere Manuel Carvalho no seu editorial de hoje no “Público”, “a extrema-direita está a ganhar fôlego e a democracia está a perder força”; concluindo deste modo: “ou a democracia na Europa encontra antídoto contra a tendência [‘uma Europa de cidadãos cansados, descrentes, incapazes de perceber que, apesar de todas as dificuldades, ainda vivem no melhor espaço político, económico e de justiça social do planeta’] ou, a prazo, os seus inimigos serão ainda mais fortes”. No meio de tudo isto, que mais poderemos fazer do que ir resistindo às perturbadoras malfeitorias da onda avassaladora que assim nos vai envolvendo?
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