(Alguém me conseguirá explicar a que raio de estratégia diplomática corresponde a presença de Zelensky na tomada de posse do tolo das pampas, Milei de sua graça, em companhia de gente tão "prestigiada" como Victor Orbán e Bolsonaro. Isto já para não citar a estranheza de ver o Rei de Espanha com toda desta tropa fandanga. Eu sei que os interesses espanhóis na Argentina não são para negligenciar e até se diz que o destemperado novo Presidente recorre a um guru liberal espanhol para sua inspiração, provavelmente um Arroja qualquer lá do sítio. Talvez não por acaso nenhum ministro do governo de Sánchez acompanhou o monarca na tomada de posse. Mas tive dificuldade em compreender todo aquele quadro à luz dos interesses de uma Ucrânia cada vez mais enredada nas contradições ocidentais, seja da inflexibilidade dos Republicanos americanos cada vez mais desesperados e radicais, seja da vã tentativa de acomodar o oportunismo de Orbán. Com o inverno ucraniano já a pesar sobre as trincheiras, a Grande Ofensiva já lá vai e do blá-blá europeu muito pouco o martirizado povo ucraniano poderá a curto prazo esperar para manter a integridade do seu território. Mas o que esperaria Zelensky de uma Argentina “sin plata” e provavelmente à beira de um dos mais devastadores processos de ajustamento que alguma vez uma economia latino-americana experimentou?)
Devo confessar que aquele quadro me incomodou.
Chamar-lhe-ia estratégia diplomática do desespero e provavelmente a situação real no campo de batalha não será para menos.
Por tudo isto, as minhas expectativas são negras e não auguram nada de positivo.
Será que vamos passar incólumes a um 2024 horribilis, com tanta coisa talhada par o pior dos mundos?
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