Reproduzo de modo adaptado a avaliação realizada pelo “Financial Times” sobre o posicionamento relativo das grandes economias do mundo (PIB a preços constantes e à paridade de poderes de compra) ao longo de um período largo que se estende desde o início da última década do século passado até ao momento atual e, ainda, ao próximo futuro (estimativa previsional até 2028). Principais aspetos a sublinhar em dez tópicos: (i) a China como maior economia global desde 2017, após uma evolução notável que a traz de um oitavo lugar de 1990; (ii) a India a ultrapassar o Japão (que fora segunda no ranking até aos primeiros anos do século) como terceira economia mundial pela mesma altura; (iii) a Alemanha a surgir como quinta economia no mundo, após ser a terceira até finais do século passado; (iv) o Canadá e a Espanha a desaparecerem dos lugares mais cimeiros, por troca sucessiva com a Coreia do Sul e a Turquia; (v) a Rússia a passar do lugar número 4 em 1990 para o provável lugar número 7 em 2028; (vi) as restantes grandes economias europeias (Reino Unido, França e Itália) em manifesta queda relativa; (vii) a Indonésia em significativo crescendo de afirmação (do lugar 14 em 1990 ao sexto que atingirá em 2028); (viii) o Brasil a segurar-se numa honrosa oitava posição; (ix) a Turquia a já surgir como nona economia do mundo, à frente de Reino Unido e França); (x) o México a manter-se discretamente em torno de um lugar internacional de destaque (12º). Mudanças necessariamente pouco brutais, como tinha de ser em termos gerais, mas mudanças com algum significado no sentido de uma confirmação do ganho de preponderância relativa das economias ditas emergentes ou em desenvolvimento (e a Coreia do Sul já não surge no quadro, algo duvidosamente aliás, classificada como tal) face às economias ditas avançadas.
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