Aí vai a última barracada de antes da consoada: o ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales (ALS), um sujeito que se tornou simpático aos olhos dos portugueses pelas suas ponderadas intervenções ao tempo da pandemia e na liderança da comissão de inquérito da TAP, “meteu a pata na poça”. Não tanto pela forma como foi envolvido no chamado “caso das gémeas brasileiras”, alegadamente reunindo com o filho do Presidente da República e fazendo com que o seu gabinete tenha contactado o Hospital Santa Maria (matérias sobre as quais os factos ainda são controversos), mas fugindo a enfrentar o assunto quando ele lhe foi colocado, insistindo em declarar que só responderia “em sede própria” e acabando por falar em entrevista ao último “Expresso”, jornal prestigiado da nossa praça mas que está bem longe de ser a “sede própria” que ALS estaria a referenciar como o local certo para prestar declarações. Alguém me consegue explicar a razão pela qual também a gente de bem, quando chega à atividade política, passa a funcionar tolhida e descabeladamente, sem qualquer jeito nem preceito?
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