quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

ÓRBAN NO CENTRO DAS DECISÕES!

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be) 

Aproxima-se a hora da Cimeira Europeia de dezembro, a última da presidência espanhola e talvez também a da despedida de António Costa (funcional de direito, que não necessariamente funcional após reciclagem). O tema do momento é o da Ucrânia, já que estão em cima da mesa as aprovações de uma abertura das negociações do processo de adesão do país à União e de um pacote de apoio financeiro no valor de 50 mil milhões de euros ao país. Ambas sob a ameaça de um bloqueio/veto por parte do ditador húngaro, Viktor Órban (cujo mindset permanece por clarificar, exceto no tocante ao seu pragmatismo e volubilidade reacionária ― sobre o que ele pretende, o “Financial Times” apresenta deste modo as interrogações principais: Cash? Influence? Or just simple vengeance?), com os responsáveis europeus a darem timidamente conta da sua disponibilidade para proporem a libertação de 10 mil milhões dos fundos estruturais atualmente congelados (cerca de metade do montante atribuído à Hungria) por conta das reformas no sentido da independência judicial que alegadamente Órban terá começado a promover (mas há quem prefira falar de uma mera recompensa compensatória). O suspense está novamente instalado em Bruxelas e vai-se tornando claro que ele será a nova normalidade por lá, onde populistas, nacionalistas e eurocéticos ganham um crescente foro de cidadania e de onde também nos chegam notícias sobre a irresponsabilidade do inenarrável Charles Michel ao vir anunciar sem mais que patrocinará o rompimento do que considera um “tabu” existente no sentido da intocabilidade da Política de Coesão e da PAC ― tempos complicados a aproximarem-se...

Sem comentários:

Enviar um comentário