(Esta imagem que Blanko Milanovic acaba de publicar no Twitter ou agora o malfadado X, vale por mil palavras que tenham por objetivo aferir se a resposta de Israel em Gaza é ou não proporcionada à bárbara agressão de que foi alvo. Dois meses de ocupação e bombardeamento ao território de Gaza, não esquecendo o avanço da opressão na Cijordânia, são comparados com 6 anos de bombardeamento aliado em cidades da Alemanha então nazi. .O tema da proporcionalidade da resposta a agressões não é despiciendo do ponto de vista de se travar ou alimentar um clima de guerra permanente que só interessa aos mais poderosos e sobretudo a quem controla a oferta de armamento e a inteligência da guerra.)
À medida que a fúria destruidora de Israel em Gaza prossegue com total impunidade e sem a criação de quaisquer mecanismos de proteção da população palestiniana desapossada de quaisquer meios de sobrevivência, é cada vez mais evidente a minha perceção, generalizada a muita gente de boa vontade, de que Israel ganhará seguramente a guerra, mas à custa de prejudicar irreversivelmente a causa judia e criar todas as condições para que o anti-semitismo irrompa de novo, complicando ainda mais os precários equilíbrios em que o mundo está hoje sentado.
O isolamento de Israel não é coisa pouca, embora possa gabar-se do escudo protetor que os EUA sempre assegurarão ao seu aliado. Toda a imagem de país inovador, organizado, ferozmente resistente tenderá a cair por terra, tamanha é a evidência da desproporcionalidade a que me refiro.
E pensar que o Hamas é o ponto de não retorno na causa palestiniana talvez equivalha a um erro histórico de grandes proporções. Para já não falar nos danos colaterais que a situação de Israel e de Gaza está a provocar em alguns países, a começar pela forte divisão que atravessa o Partido Democrata quanto à defesa incondicional da posição israelita.
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