Não quero deixar passar em claro neste espaço o facto da morte do marcante político e diplomata centenário que foi Henry Kissinger. Um desaparecimento que não deixou ninguém indiferente, fazendo capas nos jornais de todo o mundo e trazendo à tona memórias de toda a espécie da sua boa e má influência na geopolítica mundial e em variadas evoluções políticas nacionais (com destaque para o seu apoio ao regime de Pinochet no Chile). Obituários à parte nas suas diferentes dosagens de foco no grande e experiente diplomata (architect of US cold war ties with China and Soviets, como refere o “Financial Times, ou powerful voice who reshaped the world, como escreve o “The Times”) ou no seu lado controverso e polémico, quiçá sombrio e até sinistro (fazendo com que Ana Gomes tenha assim intitulado o seu pequeno artigo dedicado no “Público”: “Descanse em paz, se puder”). De toda a maneira, e sendo certo que “a História o julgará” a seu tempo e com a devida distância, nada apagará a perceção da importância e da influência de Kissinger ao longo de todas estas décadas e, portanto, a obrigatoriedade de estudar desapaixonadamente o que foi a sua complexa prática em termos políticos ou de aconselhamento e o que foi explicando detalhadamente nos múltiplos e diversificados escritos que deixou.
sábado, 2 de dezembro de 2023
NA MORTE DE KISSINGER
(Gallego & Rey, http://www.elmundo.es)
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