domingo, 19 de maio de 2024

O ALMIRANTE A ESBRACEJAR

Devagar, devagarinho, o Almirante lá se vai mantendo à tona nas sondagens para as Presidenciais de janeiro de 2026. Sendo que o espetro de possibilidades que hoje se perscruta não é animador nem muito menos de molde a entusiasmar, entre os “mortinhos” por serem candidatos (com a ansiedade indisfarçável de Luís Marques Mendes e a disfarçada vontade de Paulo Portas a imperarem, minimizando as permanentes e já ridículas exibições de Pedro Santana Lopes), os inconformados pela rejeição maioritária dos cidadãos (como é o caso visível de um Durão Barroso que não cessa de tentar chamar a atenção para a supremacia do seu currículo) e os que juram que não querem (como o quase consensual António Guterres e o mais polémico António Costa, sem esquecer o incompreensível e autodestrutivo posicionamento de Pedro Passos Coelho). Ou seja, o contexto favorece o surgimento de um outsider e o Almirante é-o no essencial, com a vantagem de ser razoavelmente conhecido desde a sua meritória ação na vacinação pandémica; a minha esperança em sentido contrário vem da farda e do significativo grau de antipatia que boa parte dos portugueses parece devotar-lhe em termos de possível convocação para o exercício de funções políticas de topo. Num quadro destes, e com a sociedade portuguesa tão indiferente e desvitalizada, uma qualquer candidatura há de conseguir aparecer – ou porque tanto quer (água mole em pedra dura) ou porque alguém tem de ser (no lugar errado à hora errada), triste sina a nossa...

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