Acabam por ser sempre efémeras as glórias políticas feitas à pressa e à última hora! É, pelo menos, o que transparece das notícias de capa saídas hoje no “Expresso”, no “Nascer do Sol” e no “Jornal Económico”. As quais induzem, mais uma vez, a que resulte explicado o modo como parece que Medina e Costa quiseram fazer uma flor de final de mandato (colocar a dívida abaixo de 100% do PIB), algo de positivo mas marcadamente conjuntural (e acrescentando pouco ao legado que já haviam conquistado). Tudo vem ao de cima nestas e em praticamente todas as matérias que têm a ver com a ação política, assim se me suscitando aquela permanente perplexidade, que já aqui por várias vezes apontei, sobre o porquê da insistência dos nossos agentes políticos em protagonizarem números mal-amanhados e que redundam em seu desfavor, prejudicando até a avaliação dos seus resultados. A investigação em torno do tema nasceu de um aumento de capital que não se compreendia e que era afinal uma contrapartida prometida, mas o assunto ainda vai certamente dar que falar; entretanto, José Furtado já saltou da Presidência das Águas de Portugal, após ter sido provavelmente um defensor enquanto pôde (como lhe cabia) dos interesses da empresa que administrava contra as pressões das Finanças e de São Bento. Não é o que parece ou são mesmo incorrigíveis?
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