Reporto-me aos not in employment, education or training, mais sinteticamente referenciados pelo acrónimo NEET. Uma realidade com forte expressão em vários países europeus, incluindo o nosso, sendo a Itália aquele que evidencia a mais alta taxa de incidência desse flagelo – como, aliás, de vários outros de diferentes contornos que vêm atingindo sem contemplações o país transalpino – que é a desocupação dos jovens cidadãos (15 a 34 anos): são acima de 25% da respetiva faixa populacional os jovens que não trabalham, não estudam e não estão envolvidos em atividades de formação profissional.
A situação surge esclarecedoramente descrita no “Financial Times” por Valentina Romei e é notoriamente sintomática de uma sociedade disfuncional e doente operando num contexto que dá igualmente sinais de pouca saúde. Como o desemprego jovem (que rondará os 35%), o trabalho precário (para mais de metade dos trabalhadores com menos de 25 anos) e o trabalho a tempo parcial (quase um em cada quatro trabalhadores, valor que é recorde nos chamados países de rendimento médio). Não espanta, pois, que se venha assistindo a um abandono do país por parte de um número muito significativo de italianos: um milhão e meio, estima-se por defeito, desde a crise, assim conduzindo a um volume global de emigrados que já representa 5,4 milhões (quase 10% da população nacional).
Má onda...
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