quinta-feira, 16 de novembro de 2017

ACABA SEMPRE MAL...


(Patrick Blower, http://www.telegraph.co.uk)

A história é um clássico com todos os habituais ingredientes narrativos: as indesmentíveis especificidades africanas, a impossibilidade democrática em casos de prevalência de desequilíbrio de poderes, o autoritarismo e a discricionariedade das derivas ditatoriais, a manifesta degradação do ser individual perante o envelhecimento e uma mulher mais jovem que usa, abusa e se vê como capaz de aspirar a mais. Aconteceu no Zimbabué desde 1980 em torno de Robert Mugabe, ao que tudo indica agora forçado a sair de cena na flor dos seus 93 anos; ainda há dúvidas sobre o papel que desempenha a mulher, Grace (também chamada Gucci Grace ou DisGrace), nos acontecimentos em curso –não estará ela fugida ou detida? Será a dita senhora peça nuclear do essencial das movimentações ou estaria a mesma a preparar um golpe palaciano, sendo portanto a grande mentora e possível beneficiária de uma transição dita pacífica em Harare? A ver vamos...

 (Steve Bell, http://www.guardian.co.uk)

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