quarta-feira, 22 de novembro de 2017

VEREMOS...



Não falta por aí quem se pronuncie sobre a evolução orçamental e macroeconómica portuguesa, quer a que vem acontecendo quer a que vai sendo antecipada para 2018 e 2019; na maioria dos casos, doutores de circunstância dotados de um conhecimento colado com cuspe ou atafegados por conflitos de interesses político-partidários. Pessoalmente, e enquanto observador mas também economista, só posso confessar a imensa curiosidade que me assalta quanto aos números e evidências que iremos conhecer naquele futuro próximo. Porque eles encerram respostas mais objetivas e factuais em relação àquilo que a solução governativa em curso nos irá deixar em legado, quer quanto ao que de positivo e inovador poderá ter potenciado quer quanto ao tipo e dimensão das inconveniências e malefícios que poderá ter semeado. Acima, duas sínteses do que de mais fundamentado foi recentemente sendo dito em termos críticos sobre a estratégia de Centeno – por um lado, a Comissão Europeia nos seus exercícios periódicos de avaliação, sempre imprevisíveis pelos seus inconstantes enfoques, opções e tomadas de posição (tramas que a burocracia tece na sua pseudoneutralidade tecnocrática...); por outro lado, o cada vez mais assanhado Conselho das Finanças Públicas que, do alto da grande e delimitada competência de Teodora Cardoso e da novel presença de algumas figuras gradas (Paul De Grauwe desde logo), usa e abusa de um posicionamento bem mais implacável do que o que lhe está incumbido, do que aquele que quis assumir em outras conjunturas e do que se lhe agradeceria por adotar um mais interessante sentido construtivo...

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