(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)
Quem na última Sexta-Feira andou pelas ruas citadinas, abriu jornais e revistas, viu televisão ou navegou na Internet e nas redes sociais não conseguiu certamente passar ao lado da avalanche de consumismo fácil que nos invade de modo intolerável e já raramente impercetível ou discreto.
Este post não mais é do que um sinal da irritação que fui sentindo ao longo desse dia (a pretexto de uma invenção sempre tão propositada, como a da Black Friday), assim como da inconsciência coletiva a que cada vez mais tendemos a reduzir esta nossa passagem – de facto, como comparar o conteúdo prazeiroso de um carrinho cheio de compras com o aborrecimento inútil em torno de três centenas de mortos num massacre levado a cabo no distante Egito?
E, talvez embora podendo não parecer completamente justificado, vi-me de repente a cruzar a pertinente chamada de atenção de Kroll com a mais louca loucura que nos aconteceu em tempos recentes e que dá pelo nome de Donald Trump – sendo que este, afinal, e como sugere o nosso habitué El Roto, até não será tanto um acidente histórico mas antes, e mais rigorosamente, a síntese...
(Andrés Rábago García, “El
Roto”, http://elpais.com)
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