Um Verão politicamente pouco agitado, este nosso Verão lusitano de 2018. De potencialmente relevante, e pelas piores razões, apenas o surgimento da “Aliança” de Santana Lopes – um partido que o fundador diz pretender “eurocético e patriótico” e que, deseja-se, poderá constituir-se em mais um flop de um eterno rapazola agora envelhecido que, em desespero de causa, esperneia pela notoriedade que inexoravelmente vai sendo perdida. O PSD, por seu lado, prossegue a sua sina autista e divisionista sob o comando de um Rio de águas cada vez mais profundas e, enquanto isso, o CDS procura dar provas de vida como e por onde pode (linhas férreas incluídas).
À esquerda, os motores ainda aquecem em aproximações tentativas dos tempos que estão para vir. No PS, após um Congresso estranho e pouco ortodoxo, Augusto Santos Silva ainda veio procurar pôr alguns pontos nos ii sobre o futuro da “Geringonça”, mas não encontrou grandes ecos e acabaram por ser os fait-divers em torno de Rita Faden e de Mário Centeno as grandes parangonas do mês de agosto. No Bloco, as feridas abertas pelo “caso Robles” estão em fase de serem lambidas, embora continuem a manifestar-se notórios os sinais de abertura a uma continuada relação com o PS (até por via de um certo temor e criticismo quanto a crescentes incursões deste ao centro). No PCP, o jogo parece mais indefinido e a aguardar discussões internas posteriores à Festa do Avante que marca a rentrée do partido e lhe ocupa a quase totalidade dos esforços neste período do ano.
Setembro já não tarda...
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