sábado, 11 de agosto de 2018

ONDE ESTÃO AS GRANDES?



Aeroportos a abarrotar de gente, aviões atrasados, esperas desesperantes – eis a sina de muitos por estes dias. Aconteceu-me há dias e a saída que me restou foi a de procurar alguns minutos de refúgio na loja ali mais à mão, vendedora de jornais e revistas e de alguma literatura, entre outros. Após uma “investigação” mais ou menos desfocada, que me permitiu perceber que a margem de escolha já foi melhor (deixaram, por exemplo, de importar a “Veja” ou qualquer outra concorrente brasileira), por lá encontrei o exemplar da “Fortune” que reúne anualmente as 500 maiores empresas globais do ano (“Global 500: The World’s Largest Companies”) – comprei, fui folheá-la para um canto esconso mas que ajudou a proteger-me daquela parafernália toda e é dos dados e informações provenientes dessa leitura que resulta o essencial deste post.


O esclarecimento inicialmente relevante a sublinhar é o de que se trata de uma listagem por volume de negócios (revenue), o que leva a não devermos confundi-la com as possíveis de obter através de outros critérios, como o da capitalização bolsista que levou o mundo a falar da Apple como a maior companhia global por ter sido a primeira a atingir um bilião de valor – aqui, a Apple é “apenas” a 11ª do ranking.

Acima, as cinquenta primeiras e os logotipos das dez mais – retenha-se que a maior de todas é americana (Walmart), mas que já são três as chinesas presentes (junto com três americanas e uma de cada um de quatro países: Japão, Alemanha, Grã-Bretanha e Holanda). Note-se que, há uma década atrás (quadro abaixo), as americanas eram cinco e nenhuma chinesa constava...


De salientar, sem mais comentários especiais que não o da liderança da Apple em termos classificativos por lucros evidenciados, o facto de serem também reportados elementos complementares e alternativos, como sejam o acima referido (lucratividade) ou o peso empregador (Walmart lidera também com o avassalador número de 2,3 milhões de colaboradores, nada menos do que 22,5% da população portuguesa).


Termino com uma breve referência comparativa entre as atuais 500 e as de há dez anos, numa lógica de afiliação nacional. O quadro abaixo fala por si mas, ainda assim, veja-se sobretudo que os EUA ainda dominam (126 empresas), embora estejam já perigosamente ameaçados pela China (111 empresas, contra 29 em 2008). Três notas mais: a Europa em perda (141 empresas, aliás e obviamente de variadas origens, contra 194 em 2008), 34 países representados e Portugal a ter deixado de constar da lista principal com o desaparecimento dela da nossa atual campeã nacional, a GALP.

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