(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
Como qualquer pessoa normal, eu sou daqueles que não gostam de perder. Sem prejuízo de tal me acontecer muitas vezes e de haver derrotas e derrotas ou até derrotas que redundam em vitórias. Cabe-me, pois, confessar que, ontem à noite, perdi na minha qualidade de adepto portista e que, por isso, estou com uma significativa dose de azia. Não importa muito se acho que perdi mal e imerecidamente – e perdi bastante mal e imerecidamente! –, até porque de vitórias morais está o inferno cheio, nem se entendo que o revés teve responsabilidades objetivas ou subjetivas – e teve, designadamente nas opções de banco e de alguma cautela tática na segunda parte por parte de Sérgio Conceição, no infantil atabalhoamento de Óliver Torres e no incompreensível escalonamento dos marcadores das grandes penalidades. Ao lado de tudo isto, uma outra evidência que surgiu ontem confirmada foi a da crescente dependência do futebol em relação a pormenores do jogo, da técnica ou da arbitragem, fazendo assim com que o resultado seja imprevisível (o que é bom) e com que as dimensões de maior qualidade estratégica e coletiva possam não ser premiadas (o que é mau). Próximo!
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