segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

DALE DOVER



Chegou-me a notícia da morte, aos 69 anos, do cidadão norte-americano Dale Dover. Trata-se de um antigo basquetebolista, que representou o FC Porto entre 1971 e 1974, e que faz parte das minhas melhores memórias de acompanhante desportivo. Aquelas idas ao Pavilhão do Infante de Sagres, à boleia do meu pai e frequentemente com um grande amigo de então e/ou com o meu irmão do meio, tornaram-se de facto momentos inolvidáveis no plano pessoal e no plano competitivo – aquela equipa em que também jogava o meu amigo Fernando Gomes (o terceiro da fila de baixo na foto), atualmente presidente da FPF, conseguiu o feito inédito de se tornar campeã nacional em 1972 e Dover (ou ”Flash”) era a grande sua estrela, fazendo o que queria da bola e encestando de todas as distâncias possíveis e imaginárias (hey Dover, gritava aquela bancada a abarrotar de gente). No fim, lá vinha frequentemente a francesinha na Regaleira, no Luso ou na então Cuf e com ela aquelas saudosas trocas de impressões em que o meu pai tão bem sabia nivelar as suas considerações a ponto de que todos parecêssemos companheiros da mesma caminhada geracional. É por tudo isto que o desaparecimento de Dover constitui para mim uma machadada mais no sentido daquela perceção cada vez mais real de quanto vai crescendo em dureza a vertiginosa correria dos anos.

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