Reporto-me à dupla manchete do “Expresso” sobre uma colisão em curso entre o Governo e a OCDE quanto à justeza da inclusão de um capítulo sobre corrupção no consagrado relatório anual sobre Portugal daquela instituição internacional.
A meu ver, é forçada, pelo menos de momento e até que mais elementos surjam ou resultem objetivamente demonstrados, a iniciativa de uma OCDE que não tem na sua posse evidência suficiente e devidamente fundamentada quanto ao real peso daquele tema no nosso país.
Mas a verdade é que a posição da OCDE se confunde, neste caso, com a daquele pueril Álvaro que por cá passou vindo do Canadá para dar corpo a um desastrado desempenho enquanto ministro da Economia de Passos (abaixo, dois cartunes da época). Porque o dito Álvaro, do alto do seu “exílio” em Paris, entendeu provavelmente agora chegada a oportunidade de vir prestar uma prova pública de vida (mesmo que à custa de um antipatriótico contributo negativo para a credibilidade nacional no exterior).
Todo este assunto parece de escassa relevância, mas é-o realmente menos do que parece numa lógica lesiva da imagem nacional, já que as mais das vezes o maior mal provém de um passa-palavra que se vai deixando crescer. E Portugal bem dispensava que imerecidamente o misturassem no caldeirão da Itália, da Grécia ou de alguns países do Leste Europeu em relação a uma matéria de tal natureza e sensibilidade cidadã...
(cartoons de Nelson Santos, http://caricaturas.blogspot.come Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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