Quatro anos depois, Miguel Macedo (MM) sai ilibado do processo dos vistos gold, apesar de criticado por alguns alegados indevidos comportamentais. Ainda bem para MM, não obstante a irreversibilidade de ter sofrido vexames e perdas de toda a ordem, a maioria dos quais correspondendo a situações lamentáveis e largamente evitáveis. Mas o meu ponto principal é outro e tem a ver com aquilo que li quanto ao modo como o juiz arrasou a investigação levada a cabo pelo Ministério Público (MP), factos logo agravados pelo recurso que se diz que este se propõe interpor, assim se voltando a colocar em primeiro plano negativo a Justiça em Portugal e, em especial, a questão da confiança nos seus agentes e nas suas decisões. Nada disto pode verdadeiramente acontecer desta canhestra maneira num país que se quer apresentar como estando a funcionar em plena normalidade democrática, nem quanto ao excesso dos tempos, nem quanto às fugas mediáticas, nem quanto à discricionariedade e inimputabilidade do MP. E a procissão ainda vai no adro porque, se bem me parece, 2019 poderá assistir a outros atropelos e desmandos de consequências dificilmente previsíveis...
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