À hora a que escrevo ainda não se conhece o resultado do Conselho Nacional do PSD e eu, algo fatigado por um dia extenuante que terminou com um jantar em Viana do Castelo, já não consigo que a curiosidade vença o apelo ao descanso. Do que fui conseguindo saber, a grande questão continua a colocar-se em torno de determinar se o voto final deve ou não ser secreto, o que me parece de uma absoluta e quase insana falta de bom senso coletivo. Quanto ao resto, digamos que a atitude de Montenegro – dizem-me que fortemente impulsionada a partir de Lisboa, onde o PSD estará em perda vertiginosa – poderá acabar por se tornar num bálsamo retemperador de algumas energias e até capaz de contribuir para uma renovada mobilização eleitoral do partido. No entretanto, e enquanto não chega o veredito de Paulo Mota Pinto, primeiro, e dos conselheiros, depois, o melhor registo vai para o patético momento protagonizado por Rio e Menezes, dois incessantes inimigos políticos que a tantas maldades recíprocas se dedicaram e que acabam comovidos nos braços um do outro – um episódio que terá tido a sua candura e beleza quando avaliado por certos observadores mais distantes e impressionáveis, mas também um episódio que não terá deixado de ser profundamente revelador de quanto a idade não perdoa...
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