(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
(Sergio Goizauskas –“Serguei”,http://lemonde.fr)
Prossegue a aprendizagem de Macron em torno da política como ela é em toda a sua complexidade e crueza. É um caso de estudo o exemplo deste jovem presidente que surgiu na cena pública do nada – ou, se se quiser, contando apenas com uma cabecinha prodigiosa, uma boa preparação educacional de base e uma enviesada experiência governativa ao lado de Hollande – para conquistar um lugar de máximo relevo no establishment francês, tendo conseguido mesmo chegar a abanar com estrondo as fundações deste. Um discurso europeu inovador – ou, pelo menos, contextualmente corajoso – ainda ajudou a que Macron adiasse a hora da verdade em que as suas promessas reformistas iriam acabar por se confrontar com a dura realidade sociopolítica francesa. Depois, vieram os “coletes amarelos” na rua e uma ingovernável tremideira, entretanto timidamente ultrapassada pela iniciativa de uma “carta os franceses” (ver abaixo) integrando a propositura à nação de um “novo contrato” para o resto do mandato. Ainda não é minimamente claro como tudo isto poderá terminar, mas há desde já algo de que estou certo: Macron apanhou o susto da sua vida e recebeu uma lição que nunca esquecerá por muitos anos que venha a durar. O resto, vamos indo e vamos vendo...
(cartoons de Kak, http://www.lopinion.fr)
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