(A fotografia que escolhi para assinalar este dia, descoberta em arrumos dos quais tinha perdido o tino pela minha mulher, especializada em construção de álbuns de família, temáticos e geracionais, traz-nos um jeitoso jovem catita creio que aos 12 anos, mas com alguns traços que talvez se tenham mantido até hoje: o emblema do SLB, pois claro, ninguém é perfeito, com direito ao estatuto de minoria nesta Cidade, a gravatinha das quais continuo a gostar e colecionar embora com a sensação que estou noutros tempos e o blazer que sempre foi e ainda é uma das minhas fixações, para dar aquele ar “casual” com que se vai enganando a idade, sem aderir às maluqueiras da eternidade dos ricaços deste mundo. Este longo parágrafo é também uma das características que se tem conservado com o tempo. E o que mais dizer? Exprimir a sensação de que é uma bênção dos astros, deuses ou simplesmente do acaso divino permanecer por cá, com a companhia estimulante da Mité, com qualidade de vida, sem amargura ou ressabiamentos e escrevendo, escrevendo sempre. Quase onze anos de colaboração diária neste blogue fazem já parte desta vida, tanto como fazer a barba de dois em dois dias, comprar livros e discos, valorar os Amigos de sempre, assistir embevecido ao crescimento dos mais novos, Margarida, Francisco, Pedro e Catarina é à maturação das suas personalidades, sob a orientação dos seus pais…)
E, neste dia especial, o post é só introdução e cabeçalho, pois não tenho o hábito, nem a ousadia, de fazer grandes introspeções em público. Esta minha geração sempre foi pouco ousada em revelar publicamente as suas angústias e não será aos 73 que isso irá mudar.
Por isso, até amanhã se a inspiração não zarpar para outras paragens.
Com os agradecimentos necessários ao meu Colega de blogue que partilha esta aventura com o mesmo entusiasmo e empenho.
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