domingo, 20 de agosto de 2023

A MINHA DESCOBERTA DO FUTEBOL FEMININO

 
(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

Disputa-se neste momento a final do campeonato do mundo de futebol feminino, um desporto que verdadeiramente descobri neste Verão e no decurso desta prova. Sentei-me com alguma inclinação pelas favoritas inglesas, mas o desenrolar do jogo já me levou a preferir as mais recortadas atletas espanholas (a despeito do vergonhoso 0-4 que registaram contra as japonesas).

 

Em termos de jogo jogado, o futebol feminino é uma boa surpresa, quer pela qualidade técnica média que é apresentada quer pelo desportivismo do maioritário modo de estar das jogadoras (com impacto num jogo mais fluido e com menos paragens). Do que vi, que apesar de tudo não foi assim tanto por força dos inevitáveis compromissos com a praia e outros, também percebi que o equilíbrio intercontinental é maior nesta modalidade, com equipas como os EUA, a Colômbia, a Nigéria, o Japão e a Austrália a mostrarem-se profundamente competitivas no confronto com as europeias (além das duas da final de hoje, a bronzeada Suécia, os Países Baixos, a Alemanha, a França, a Dinamarca e até as nossas “navegadoras”).

 

Uma nota final para sublinhar quanto é reveladora de um país inclinado e pobre a visível ausência (real ou substantiva) de futebol feminino nos nossos “grandes” (versus Barcelona/Real Madrid ou Chelsea/Arsenal) e nas atenções da nossa comunicação social e do nosso público em geral.


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